sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA EM APS - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ



O objetivo último de todo trabalhador é alcançar a aposentadoria – e quanto mais cedo, melhor. Nem que para isso tenha que unir o útil ao desagradável, contrariando a máxima popular que prefere unir a vantagem ao agradável. No melhor estilo “fazer do limão uma limonada”, de preferência bem doce, muita gente se agarra com fortes tentáculos a um providencial auxílio doença com a exclusiva finalidade de conseguir uma aposentadoria por invalidez. Muitos segurados estão tão convencidos de que ainda estão incapacitados para o trabalho mesmo depois de já estarem totalmente curados que a simples lembrança de terem de retornar ao emprego já lhes trazem de volta todos os sintomas da recente doença. Ou os de uma nova, como não é raro acontecer. Não é à toa que um terço de todas as aposentadorias é dessa espécie. Mas ainda é pouco e, para aumentar esse número de beneficiários é que a “Providência Social” flexibilizará o seu leque de doenças potencialmente aposentáveis. A seguir daremos alguns exemplos destas novas enfermidades cujos laudos médicos servirão de prova plena e que podem facilmente ser encontrados nos melhores camelôs do ramo.
Espartilhose asfixiante: O uso constante de espartilho muito ajustado ao corpo promove autênticos e cinematográficos desmaios, principalmente nos dias mais quentes. Impressiona positivamente desde colegas de trabalho até médicos peritos e dá a real impressão de que algo vai muito mal com o usuário desta peça de vestuário que se sufoca e se abana com frequência.
Colarite oportunista: Um colar cervical, pomposo e exuberante,  é o suficiente para diagnosticar variados e gravíssimas patologias de coluna ou de outras quaisquer  partes da ossatura, como bico de papagaio e espinhela caída.
Gangrena filética: É uma necrose cutânea artificial originada na putrefação de um bife sobreposto a determinada parte do corpo durante o prazo de uma semana, sem tempero ou refrigeração.
Mumificação parcial: Caracterizada pelo envolvimento por ataduras de membros superiores ou inferiores ou da caixa craniana e com o segurado  movido a muletas ou cadeira de rodas e amparado por emotivos acompanhantes.
Depois de conseguir sua aposentadoria por invalidez, o próximo passo é obter a majoração de 25% devida aos aposentados que dependem de terceiros para a sua atividade diária. Também neste quesito haverá mais elementos a serem considerados tais como:
Impossibilidade de se levantar sozinho nas primeiras horas do dia sendo dependente do auxílio de terceiros para retirar as cobertas e virar a cama para que o aposentado se ponha de pé.
Falta da unha comprida do dedinho mindinho responsável pela execução da faxina dos recônditos auriculares e que resulta na utilização de outro elemento para a realização da atividade, como por exemplo, um cotonete ou a tampinha de uma caneta.